Quem fará as palestras
Nem
sempre se dá a devida importância às palestras no Centro Espírita.
Basta
alguém que tenha coragem de falar em público ir a frente comentar algo a
respeito do evangelho e/ou do espiritismo e está tudo certo.
Um
número enorme de pessoas sem o menor conhecimento de Doutrina Espírita e com
uma distorcida visão do Evangelho do Mestre Jesus procuram os Centros Espíritas
em busca de ajuda ou esclarecimento o que ao final dá no mesmo.
A
Casa Espírita deve planejar quem serão os oradores, qual será a linha a ser
seguida e quais serão os temas.
Não
raro ouvimos coisas em palestras que são de arrepiar até a alma. Pessoas
afirmam isso ou aquilo para o público muito mais baseadas em crendices do que
na Doutrina Espírita.
O
grande problema é que o público toma tais afirmativas como lei, uma vez que, se
o orador da Casa Espírita disse só pode ser verdade.
Assisti muitas palestras onde na verdade a pessoa
lia uma folha de papel. Por maior boa vontade que a pessoa tenha é necessário
entender que isso para o público fica enfadonho e transmite ao espectador a
imagem de que o orador não domina o assunto, o que não deixa de ser verdade.
O
palestrante deve preparar a palestra e, portanto deve estudar.
Mas
isso não quer dizer que deva decorar o que leu e falar para o público.
O
palestrante deve ter consciência que deve transmitir o tema.
A
linha central do que irá falar é o tema. O restante no momento em que estiver
fazendo a palestra é quase que um improviso, ou seja, as palavras que irá
utilizar virão de toda a sua experiência de vida, cultura adquirida e claro de
intuição do Mentor que estará ao seu lado no momento da palestra.
Por
essa razão, o palestrante não pode achar que apenas o conhecimento da Doutrina
Espírita será o suficiente. O palestrante deve ter cultura geral, ler jornal,
revista, livros de outras áreas que não só a espírita e ter interesse por arte em
geral a fim de procurar desenvolver sua sensibilidade.
O
palestrante deve abordar o Evangelho e a Doutrina Espírita de forma atual. Para
muitas pessoas conseguir ver o Evangelho nos dias atuais é muito complicado. Se
o palestrante for abordar, por exemplo, a parábola do bom samaritano, ele deve
traduzi-la para os dias atuais. Quem seria o bom samaritano hoje?
O
palestrante não deve “enfeitar o pavão”. O Evangelho e o Espiritismo por si só
já são maravilhosos.
O
palestrante não deve utilizar palavras de difícil entendimento para o público
em geral, não deve alterar a sua voz querendo imprimir nela determinada forma a
qual não é a sua quando se comunica normalmente.
O
palestrante deve entender que ele é um palestrante espírita e não um padre,
bispo ou pastor de uma igreja.
Salvo
pessoas que tem a aptidão inata de falar em público, um curso de oratória é
bem-vindo.
Em
minha opinião, a melhor forma de falar ao público é a adotada por professores
de cursinhos pré-vestibulares. Alegre, dinâmica e com muito conteúdo.