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domingo, 15 de dezembro de 2013

O retrato de Jesus

Nesta época natalina sempre vem a tona o tema sobre como era Jesus quando encarnado.
Nem todos sabem, mas no livro Jesus O Home de Nazaré de João Duarte de Castro, foi inserido um documento encontrado em Roma escrito por Públio Lêntulo. Públio Lêntulo foi Emmanuel quando encarnado na época de Jesus. Isso mesmo. Emmanuel o Mentor de Chico Xavier.
É difícil dizer o que é mais surpreendente; se a descrição em si ou verificar que ela é exatamente o que os pintores renascentistas pintaram. O que prova que eles pintaram com intuição mediúnica. Segue a baixo o texto.

O retrato de Jesus

Este retrato de Jesus foi elaborado pelo Senador Públio Lêntulo que, estando na Judeia, na condição de seu Presidente, enviou uma carta ao imperador romano Tibério César, com a descrição física e moral do Homem de Nazaré que lá estava, então, em grande evidência.
Este documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesarini, em Roma:

“Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo em nossos tempos um homem, o qual, vive atualmente, de grandes virtudes, chamado Jesus que, pelo povo é inculcado de Profeta da Verdade, e pelos seus discípulos de Filho de Deus. Em verdade, ó Cesar, a cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus:  ressuscita os mortos, cura os enfermos. É um homem de justa estatura e é muito belo no seu aspecto, e há tanta majestade em seu rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas; e das orelhas até as espáduas; são da cor da terra, porém reluzentes. Tem no meio da sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos. Seu rosto é cheio, de aspecto muito sereno; nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, resplandecendo no seu rosto como os raios do Sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, pois se resplende, subjuga; e quando ameniza, comove até as lágrimas!
Faz-se amar e é alegre, porém com gravidade. Diz-se que nunca alguém o viu rir, mas, antes chorar!

Tem os braços e as mãos muito belos. Na palestra contenta muito, mas quando se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença, e na pessoa.
É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela.

Porém, se a Majestade Tua, ó Cesar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de manda-lo o mais depressa possível.

Dizem que um tal homem nunca fora visto por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram jamais tais conselhos de tão grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como divino, e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à Tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar, será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo...

Públio Lêntulo, Presidente da Judeia.

L’indizione sétima, luna seconda"


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

QUEREMOS SER ESPÍRITAS?

“Gerações e gerações de espíritas passaram pela Terra, de Kardec até hoje sem terem obtido sequer um laivo de educação espírita, de formação doutrinária sistemática. Aprenderam apenas alguns hábitos espíritas, ouviram aulas inócuas de catecismo...”
Da obra Cursos dinâmico de Espiritismo – O grande desconhecido de Jose Herculano Pires.

Diariamente acompanhamos crimes bárbaros por motivos os mais torpes.
O noticiário confirma o que Bezerra de Menezes alertou. As comportas das trevas haviam sido abertas.
O Mestre Jesus autorizará o reencarne de espíritos, os quais, estavam há muito sem reencarnar.
Para grande parte era a última possibilidade de reencarne na terra caso não demonstrassem sinais de melhora.
A nossa sociedade está doente, em crise de moral e ética. Sempre que se menciona espíritos trevosos, logo imaginamos espíritos extremamente maldosos, criminosos personificando o mito de satanás. Mas muitos são também deveras inteligentes e dissimulados. Passam por pessoas tidas como normais dentro da sociedade, mas uma análise mais detida logo denunciará a conduta desumana, indiferente para com o próximo. Praticantes de atos obscuros de vilania a devastar o equilíbrio da sociedade.
A guisa de demostrar o exposto, enorme número de enfermos padecem sem o devido atendimento médico por conta de desvio de valores que deveriam ser aplicados em saúde. O delito do enriquecimento ilícito compromete a vida de milhões. Qual a diferença do desencarne desencadeado por arma de fogo ou pela ausência de medicina? Quais desses registra maior número?
O Mestre Jesus foi muito claro quando ensinou que vinha para os doentes e não para os sãos. Aos olhos dos espíritos evoluídos, espíritos maus são doentes. Doentes que precisam do Divino Médico.
Se nós espíritas somos os detentores do Evangelho Redivivo, isso nos faz os apóstolos de Jesus.
No entanto, hoje, o Mestre não recruta pescadores despreparados para transmitir suas lições. Mesmo porque, tão logo desencarnou na cruz, Ele convocou o Apostolo dos Gentios. Sábio e destemido, Paulo de Tarso foi a Pedro a fim de corrigir lhe a conduta por desviar-se da linha determinada por Jesus.
Ressoa sobre nós espíritas o alerta de Paulo. Não podemos sair da linha determinada pelos Mestres Jesus Cristo, Espírito da Verdade e Allan Kardec.
A sociedade clama pela Luz da Nova Era a qual o Paráclito Consolador enviado pelo Mestre Jesus deverá espalhar a todos os recantos do planeta.
Somos nós os mensageiros do Mestre Jesus, os herdeiros de Kardec. Se quisermos fazermo-nos dignos de carregar a insígnia da Doutrina dos Espíritos devemos conhecer-lhes as lições e sermos destemidos diante do campo de batalha, bradando a espada da eterna chama sagrada.
Do deserto vem a vós do Batista a ensinar-nos: “Eu vos batizo com água, mas Jesus vos batizará com o Espírito Santo, o “paráclito” e vos libertará dos pecados”.
Não podemos ficar indiferentes diante do trabalho hercúleo de tantos Espíritos Luminares. Não temos o direito de sentar à mesa mediúnica sem o devido preparo estipulado e ensinado por Allan Kardec. Não temos o direito de oferecer o vaso sagrado, o qual nos foi empenhado por nosso Pai, para que espíritos laboriosos utilize-o a fim de transmitir energias salutares na sagrada câmara de passe se nosso coração verte fel. Não temos o direito de assumirmos posição nas fileiras da Seara bendita do Mestre e zombamos dos trabalhadores espirituais nos fazendo ausentes por motivos menores.


Eu vos farei pescadores de homens, propôs o Mestre Jesus. O rio caudaloso do tempo corre diante de nós demandando mentes preparadas para apanhar almas claudicantes na rede de conhecimento e amor.
O bom semeador é aquele que semeia e não olha para traz. Ensinou o Mestre Jesus.
Podemos então, facilmente concluir: O Mestre Jesus conclama seus apóstolos a pescarem homens que nadam a esmo em busca apenas da sobrevivência e semeiem a boa nova nos corações férteis. 
Como podemos realizar a contento a missão a nos confiada, se não nos dedicarmos com afinco ao estudo, se não mantivermos os trabalhos mediúnicos dentro do que determinou Kardec, se não nos conservarmos assíduos, oferecendo as condições necessárias de afinidade, a ser conquistada no decorrer de anos, com os irmãos trabalhadores do plano espiritual?
Ao nos acharmos devidamente preparados apenas por termos frequência de anos ao trabalho, na verdade, nos fazemos incautos. A Doutrina Espírita é imensa. Devemos aprender e nos reciclarmos constantemente, nem que para isso tenhamos que nos fazermos ausentes para o devido aperfeiçoamento. Jamais podemos nos considerarmos insubstituíveis. André Luiz mostra em suas obras que espíritos evoluídos ausentam-se para realizarem cursos para se aprimorarem. Não devemos nunca esquecer que o universitário graduado deveria sempre buscar a condição de pós graduado, pois situações mais complexas demandam mãos e mentes mais preparadas e dispostas.
Sejamos a força que impulsiona a Doutrina Espirita e não a pedra no caminho a ser transposta pela corrente da evolução, pois como um dia foi ensinado, a Doutrina Espírita caminhará com o homem, apesar do homem e sem o homem.

 Luis Fernando F. Canhero

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Da lancheira à educação avançada


Há alguns dias um perfil no facebook postou a foto de uma antiga lancheira. De imediato a reação das pessoas foi intensa. Os comentários de “tive uma”, “que saudades”, “bons tempos” e muitos outros surgiram aos montes, tanto que o perfil confirmou ter sido a mais compartilhada.

Sem dúvida alguma as lembranças de nossa época de escola sempre nos trazem boas recordações vividas em um momento em que a vida nos era tranquila e alegre, pelo menos para a maioria das pessoas.

A lancheira então nem se fala. Ela era usada na hora do intervalo ou recreio como se dizia em minha época. Era o melhor momento. Será que apenas esse era o melhor momento? Acho que não.

O “cheirinho” do material novo no primeiro dia de aula, o uniforme novo (na época da lancheira, escola pública adotava uniforme e tinha ótimo nível de educação), os trabalhos que tínhamos que entregar para os quais tínhamos que ir a biblioteca consultar a Enciclopédia Barsa, Saber em Cores e tantos outros livros. O trabalho em grupo, as peças de teatro, as apresentações na frente da turma, os trabalhos de educação artística com papel laminado, espelho, camurça, cola, tesoura, os mapas, as bandeiras em papel sulfite e tantos outros.

E as brincadeiras?! Daria pra ficar dias escrevendo a respeito. As festas juninas, dia das mães, dia dos pais (em minha época todas as crianças tinham pai), o dia das crianças, o dia do folclore, a páscoa, o dia do índio, o dia do professor, o natal e tantas outras comemorações.

Tenho certeza de que, até aqui, o caro leitor já viajou até sua infância e juventude, quando não se emocionou apenas com as lembranças.

A época de escola, que saudades! Esse é um dos principais erros de nossa sociedade. Achar que há época de escola. Que haja a época da educação básica, fundamental que todas as pessoas devam ter ou pelos menos deveriam, sem dúvida deve haver e sempre deixará enorme saudades. Mas achar que há um momento em que se deve parar de estudar é uma enorme falha.

Nunca devemos parar de estudar.

É evidente que a vida adulta trás deveres e obrigações que não tínhamos em nossa infância e juventude e que nos toma muito tempo não permitindo que dediquemos o mesmo tempo ao estudo que dedicávamos. Mas isso também não é necessário. Refiro-me a estar sempre lendo livros, jornais e revistas. Assistir documentários e programas educativos.

Costumeiramente as TVs passam programas com assuntos a respeito da natureza. Identifique qual a origem do programa. Quase sempre é de uma TV européia, principalmente inglesa. Isso demonstra a preocupação que esses povos têm com a cultura. Não é a toa que são considerados países de primeiro mundo. O povo se preocupa em ter cultura.

Isso traz reflexos muito ruins ao espiritismo. Na chamada época escolar devido às falhas no sistema pedagógico adotado, nos foi ensinado que deveríamos ler livros por obrigação, apenas para fazermos resumos e pontuar no vestibular. Essa prática fez com que as pessoas não gostassem de ler.

No espiritismo ler e estudar é fundamental.

Frequentemente me deparo com frequentadores de centros espíritas que não se atentam ao equilíbrio vibratório da casa, porque sequer sabem o que é isso. Outros tantos não consideram a constante influência dos mais variados tipos de espíritos na casa.

Não raro vejo pessoas achando que é possível afastar espíritos ruins como se acreditava na época dos antigos exorcismos. Há os que ainda acham que é possível desenvolver mediunidade quando Kardec ensinou que mediunidade é patológica. Outros tantos ignoram a seriedade, disciplina e assiduidade que o médium deve ter.

 

 

Muitos não percebem que o hábito de resmungar, reclamar, criticar e adorar contar o que de ruim aconteceu no dia, pode com frequência ser influência de espíritos desequilibrados.

Essas pessoas que acabam por fazer o papel de “eco” de espírito desequilibrado acham que tais comentários advêm de suas próprias mentes.

Quantos males físicos são apenas gerados por companhias espirituais.

Quantas doenças são apenas as chamadas “doenças fantasmas”.

Quantas angustias, sofrimentos, magoas simplesmente iriam se desfazer com o devido conhecimento mais profundo da doutrina espírita.

 

É muito comum ver em trabalhos mediúnicos pessoas que acham que são médiuns, mas se bem trabalhado, a sua aparente mediunidade sumiria com o seu reequilíbrio.

No entanto, quantos médiuns não conseguem trabalhar de forma equilibrada porque não há um dirigente com o devido conhecimento.

Não há como ser dirigente de centro espírita sem conhecer Kardec. Sem conhecimento os trabalhos da casa espírita sempre serão falhos.

Durante todos esses anos sempre encontrei pessoas que diziam nunca terem ouvido o que eu havia acabado de comentar, nunca tinham tido contato com tal conhecimento ou forma de ver.

Na verdade as pessoas nunca tinham tido contato com o conhecimento porque, muito infelizmente, ainda há o hábito de se estudar a doutrina por apostilas que trazem resumos de algo que não se pode resumir.

Há a época da educação fundamental e a época da educação avançada. A educação básica tem data para começar e terminar. A avançada não.

Lembro-me de quando saí do antigo pré primário para o primeiro ano do primário, meus país ensinaram-me que a partir de então haveria provas para passar de ano, que eu teria então que me dedicar aos estudos, que o primeiro ano em diante seria muito diferente, eu teria muitas obrigações.

Espiritualmente estamos na mesma situação. A partir de agora temos que estudar, temos mais obrigações.

No entanto isso não quer dizer que não pode ser bom. Em toda a nossa vida o estudo pode ser tão bom quanto foi na época da educação fundamental. Ler e estudar deve ser um prazer.
Um dos livros mais odiados pelos jovens vestibulandos é Os Lusíadas de Luís de Camões. No entanto é dele uma das definições mais bonitas e conhecidas do amor.


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

 

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

 

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

 

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

A obra Lírica de Luís de Camões



Luis Fernando F. Canhero

O auxílio mútuo


Diante dos companheiros, André leu expressivo trecho de Isaías e falou comovido, quanto às necessidades da salvação.

Comentou Mateus os aspectos menos agradáveis do trabalho e Filipe opinou que é sempre muito difícil atender à própria situação, quando nos consagramos ao socorro dos outros.

Jesus ouvia os apóstolos em silêncio e, quando as discussões, em derredor, se enfraqueceram, comentou, muito simples:

— Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se, quanto possível, contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno. Um deles fixou o singular achado e clamou irritadiço: “Não perderei tempo. À hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente”. O outro, porém, mais piedoso, considerou: “Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade”. “Não posso”, disse o companheiro, endurecido: “sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos ganhar a aldeia próxima sem perda de minutos”. E avançou para diante em largas passadas. O viajor de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu metódica, pela noite adentro, mas ele, sobraçando o valioso fardo, depois de muito tempo atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que o precedera. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida, num desvão do caminho alagado. Seguindo à pressa e a sós, com a idéia egoística de preservar-se, não resistiu à onda de frio que se fizera violenta e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento, enquanto que o companheiro, recebendo, em troca, o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, guardando-se indene de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo... Ajudando ao menino abandonado, ajudava a si mesmo avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços da senda, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

A história singela deixara os discípulos surpreendidos e sensibilizados.

Terna admiração transparecia nos olhos úmidos das mulheres humildes que acompanhavam a reunião, ao passo que os homens se entreolhavam, espantados.

Foi então que Jesus, depois de curto silêncio, concluiu expressivamente:

— As mais eloquentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo. O coração que socorremos converter-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ninguém duvide. Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum. Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a Lei Divina.

                                                                                                                           ( Jesus no Lar – Francisco Cândido Xavier)

 

O P O R T U N I D A D E S


A cada ano ouvimos com mais freqüência que a família não participa ativamente da vida escolar de seus filhos, por falta de tempo ou o que é mais triste por falta de interesse, no primeiro caso o descontentamento deste por não participar é refletido no seu corpo, gestos e fala, já no segundo a indiferença não tem reflexo em si, ele apenas não se importa. Muitas vezes a escola é a oportunidade de passar mais tempo longe das crianças ou dos adolescentes, para esses as férias são o pior momento do ano, conviver com seus rebentos é um peso, não vêem à hora delas acabarem, é ela acabou, agora iniciamos nossas rotinas!

Em qual desses casos você se encaixa, seja sincero com sigo mesmo, “ninguém” está vendo, pense, avalie suas posições, reflita, o quanto se interessa por esse ser sob sua responsabilidade. Muitos acham que sua responsabilidade é limitada até o portão, outros nem chega lá, mas a responsabilidade vai das quatro paredes da casa, por isso é fundamental que estejamos atentos a vida deste ser que direta ou indiretamente você é responsável.

Provavelmente você já ouviu que “a quem muito foi dado, muito será cobrado” esse é o caso de quem se diz espírita, pois a todo instante temos a oportunidade de questionar nossas vidas e muitas vezes encontramos as respostas para nossas duvidas e sabemos que nossos atos sempre geram consequências, portanto cabe a nós traçarmos nossos caminhos.

Quando se tem um filho “planejado ou não” as nossas atitudes influencia diretamente esse ser, portanto além induzi-lo ao caminho do bem, também somos responsáveis por sua educação formal, não devemos delegá-la somente a escola, sua participação, apoio e exemplos são fundamentais para o crescimento deste ser que necessita de seu auxilio, assim como você necessita o dele, é uma troca, onde cada um participa em posições diferentes, mas uma troca, onde pais (responsáveis) e filhos (netos, sobrinhos) crescem moralmente.

Você espírita sabe disto, muitas vezes deixa de lado essa parceria, criando lacunas nesse crescimento, por falta de tempo, por achar que pode fazer isso depois. Se a nossa vida é corrida é porque assim escolhemos, mas o que realmente tem valor? Um carro novo, uma roupa da moda ou nosso crescimento espiritual?

Ah! Não adianta pensar: eu vou à casa espírita, levo meus filhos na evangelização! Que bom! Mas quando resolvemos assumir a criação/educação de um ser humano, assumimos a responsabilidade de participar de toda a sua vida, todos os instantes possíveis. Pense nisso, comece agora, saiba quem são os professores de seus filhos, seus colegas de sala, quais são as suas principais dificuldades e habilidades. O ano letivo começou e esta é mais uma oportunidade de você crescer junto com esta pessoa e fazer o que foi combinado, muito ante de vocês estarem encarnados.

As oportunidades aparecem onde menos esperamos, agora quando ela é parte de nossa existência, o fracasso tem um peso muito maior, ele pode estar no menor de nossos atos!

Telma Filintro