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A Sociedade de Estudos Espíritas Jaraguá está localizada na Rua Lagoas de Camacho, 108 Panamericano no Jaraguá. Próximo ao Supermercado Extra, na rua de trás da Telefônica. Fone: 3941-2099.

domingo, 15 de julho de 2012

O espírita no mundo profissional


O espírita no mundo profissional


No mês passado escrevi para a Newsletter da empresa a qual trabalho um texto abordando o quanto é importante ser honesto no mundo profissional. Alguns clientes fizeram comentários a respeito se dizendo  felizes  pelo  texto.   O   que   me  levou  a   refletir   o   quanto   nós  espíritas  temos   de responsabilidade na sociedade. Sabemos que teremos que prestar contas por todos  os  nossos  atos em qualquer setor da vida, inclusive no profissional.
Em um meio, como o profissional, onde o mais importante é o dinheiro, vender, faturar e  lucrar, até onde vai nossa responsabilidade?

Reconheço  não  ter  capacidade  para  avaliar  em  toda  sua amplitude essa questão,  mas  com certeza, desonestos não podemos ser.
Resolvi então compartilhar o próprio texto que escrevi para a newsletter com todos que lêm o jornal da SEEJA.
Espero que  leiam, e todos nós que temos alguma atividade profissional possamos  refletir a respeito.


O valor da honestidade



Muito já se falou do jeitinho brasileiro e da lei de levar vantagem. Para algumas pessoas o hábito se tornou tão forte que lhe parece perfeitamente natural ganhar algo em cima do prejuízo alheio.

No mundo dos negócios, infelizmente, a necessidade de competir, faturar cada vez mais alto e lucrar cada vez mais, fez com que alguns profissionais buscassem o ganho de forma desleal e, muitas vezes, até mesmo, desonesta.

Estamos todos em um grande ecossistema econômico. Se um ganha, o que verdadeiramente não lhe cabe, fazendo com que outro perca, isso iniciará uma reação em cadeia. É a lei da ação e reação.

Se uma empresa que age de forma honesta deixa de vender porque seu  concorrente, cliente ou fornecedor agiu de forma desleal, automaticamente,  isso provocará uma reação. Talvez ela tenha que demitir funcionários, comprar menos de fornecedores, aumentar os preços de venda, etc. Ou seja, um ato desleal não atingirá apenas uma empresa, mas, indiretamente, várias outras.

Como a ação desleal acaba por se tornar algo comum, a empresa que age de forma honesta é vista com olhares de dúvida.  A empresa honesta negocia, mas não barganha.

 Há uma grande diferença entre negociar e barganhar. Negociar é o ato de se chegar a um ponto bom para ambas as partes. Barganhar é negociar de forma a se tirar vantagem da negociação e, invariavelmente, ganha o mais forte ou, muitas vezes, o mais desonesto.

Mesmo que alguns clientes não entendam, a princípio, que sua forma de agir é a correta e honesta, esses sempre serão a minoria. A maioria sentirá que está negociando com alguém honesto.

A vida é dinâmica, tudo se modifica, tudo evolui. A história mostra que grandes impérios caíram por terem permitido que a corrupção tomasse conta.  Grandes ditadores cruéis acabaram por cair em razão dela. A história nos ensina que a honestidade, a retidão e a bondade sempre prevalecem ao final.  Ao longo da história da humanidade, podemos dizer que, até há pouco tempo, havia escravidão legalizada em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. No entanto, a simples ideia de escravidão, hoje, nos soa como uma aberração.  Isso prova que a cada dia evoluímos, nos tornando mais humanos e bons, mesmo que uma minoria ainda permaneça arraigada a atos desonestos e desumanos. A maioria das pessoas são humanas e boas.

Podemos concluir então que empresas e profissionais que agem de forma desonesta serão mal vistos pela sociedade. Valorize aquelas que agem dentro dos princípios da honestidade.


                                                                                                            Luis Fernando Ferreira Canhero

Com brincadeiras também se aprende


Com brincadeiras também se aprende

Um amigo meu escreveu para mim a seguinte frase: - Que saudade da época que eu tinha férias!

Diante desta e de outras frases eu só conseguia ver o meu joelho, é o meu joelho, mais precisamente uma cicatriz de três pontos que eu ganhei ao cair e me machucar inteira. Lembrando dessa cicatriz voltei ao dia em que ela ocorreu, era um dia muito frio de inverno, eu e minhas primas resolvemos apostar uma corrida em uma rua onde tinham acabado de colocar pedras, pois lá ainda não havia asfalto, quem ganhou a corrida não me lembro, mas o premio com certeza foi eu, pelo menos os pontos só eu os tenho e vou levá-los por mais algum tempo, não há como passar esse meu troféu a outro ganhador, ele é meu, tanto física como emocionalmente, só meu!

Diante disto só por um instante se nós adultos com um pouco mais de trinta anos, buscarmos as nossas cicatrizes de infância iremos constatar que varias delas só nos dá boas lembranças. Elas mostram o quanto fomos crianças, no melhor sentido da palavra. Para nós não havia limites, tudo, mas tudo mesmo era motivo para diversão e o momento mais esperado do ano eram as mágicas férias, período esse onde nosso mundo se transformava, onde a brincadeira era criada, reinventada, acima de tudo eram vividas, oposto de hoje, aonde quase tudo vem pronto.

A rua, os terrenos ao redor das nossas casas éramos nossos acampamentos, as árvores eram as paredes de alpinismo, não tínhamos games, jogávamos mesmo era amarelinha, bola, pião, não íamos aos MC’s, mas não víamos à hora de saborear um simples bolo de fubá, nós brigávamos, nos dávamos apelidos maldosos, ficávamos de mal, mas só até a próxima brincadeira.

Nossa nós praticávamos Bulyling! Olha que nossas mães faziam questão de que a briga acabace com um abraço, é o bullying não tinha muito espaço para sobreviver a tanta diversão e principalmente as nossas mães.

Elas estavam atentas a cada ato nosso mesmo que trabalhasse fora de casa, sempre tinha alguém de olho em nós, e nossos pais, eles tinham tempo para ensinar como brincar, por exemplo, bolinha de gude, eram os adultos quem nos ensinava a brincar, a construir o brinquedo, nada tinha manual e assim mesmo éramos crianças, crianças felizes.

Hoje o que temos são crianças que não sabem mais brincar com coisas simples, e o mais importante seus pais esqueceram como foram suas infâncias, não dão mais valor, por exemplo, as férias, como um momento de alegria, onde poderiam reunir o presente e o passado para auxiliar no crescimento de seus filhos.

As brincadeiras podem ser um auxiliar, no processo de aprendizagem de seus filhos, facilitar na hora de ensinar as regras sociais ou de conduta, o respeito, a paciência, enfim tudo aquilo que nós nos propomos quando resolvemos acolher este ser no seio de nossas famílias, é o que o Nosso Pai espera de nós, que os alimentemos com bons exemplos.

Se hoje vivemos em uma sociedade que nos devora o tempo, é porque nós escolhemos assim! Talvez ao olharmos as crianças de hoje e observarmos que elas não vivem como crianças, que suas brincadeiras não são atrativas e às vezes nem saudáveis, possamos mudar o direcionamento que estamos dando a nossa sociedade e focarmos mais na saúde e na educação de nossos filhos. Que devemos mesclar o passado e presente e teremos quem sabe num futuro não muito distante pessoas se orgulhando das cicatrizes que a vida lhe deu.

Então neste momento eu lhes convido a tira à criança adormecida que existe em cada um de nós e aproveitem as férias de julho para brincar, ensinar seus filhos, netos, sobrinhos, enteados, enfim ensine uma criança a brincar de verdade, como nós brincávamos, ensinem elas a serem crianças a aproveitar o máximo deste período tão curto de nossas vidas, mas principalmente cumpra com o seu dever de educar e amar. 

Telma Filintro

Lar da Mônica... Como tudo aconteceu


 Lar da Mônica... Como tudo aconteceu

Tudo aconteceu quando Dona Dalva, que trabalhava no Hospital Sorocabano, passou a levar crianças para sua casa com autorização do diretor, para que nas suas horas de folga, pudesse continuar cuidando das crianças que sofriam de queimaduras e maus-tratos.

Em 1973 quando a Dona Dalva deu a luz ao seu primeiro filho, também levou para casa mais 3 recém-nascidos que tinham sido abandonados pelas mães no hospital. Contando com a ajuda de seu marido, em menos de dois meses já atendiam 28 crianças que tinham sido abandonadas pelas mães. Dessa forma, em pouco menos de três meses a sua residência já não tinha mais estrutura suficiente para atender às necessidades de todas essas crianças.

Diante daquela nova realidade, Dona Dalva contou com a ajuda do então diretor do Hospital São Camilo que, por um preço simbólico, alugou uma chácara onde tinha sido a Maternidade São Luiz. Nesse novo espaço foi constituído informalmente o “Lar Jumbinho”.

O “Lar Jumbinho” permaneceu nesse local até 1978, quando a propriedade foi vendida. A partir desse momento, passou, então, a funcionar em sede própria no Bairro de Parada de Taipas. Cabe esclarecer que essa nova sede apenas tornou-se realidade graças a recursos de eventos e de doações da comunidade holandesa.

Em 1980 a entidade foi legalizada e recebeu a denominação de “Lar da Mônica” contando, inclusive, com a autorização de Mauricio de Souza para utilização desse nome.

Em 1984 o Lar teve sua trajetória abalada, pois em apenas um mês sofreu três assaltos. Nessa ocasião, com a falta de segurança o problema das drogas passou a rondar seus adolescentes.

Sendo assim, os diretores da instituição escolheram a cidade de Piedade para a nova sede que iria abrigar as 42 crianças e adolescentes. Em Fevereiro de 1985, Dona Dalva e o marido desfizeram-se de propriedades particulares, juntaram com uma indenização e, com a colaboração de empresários de São Paulo o “Lar da Mônica” instalado numa área de 9(nove) alqueires passou a fazer parte da história de Piedade.

O “Lar da Mônica” é uma entidade civil, sem fins lucrativos que tem duração por tempo indeterminado. O “Lar da Mônica” segundo o seu Estatuto tem como objetivo proteção e amparo às crianças e adolescentes até 18 anos incompletos, de ambos os sexos, órfãos ou em situação de abandono, ou ainda em situação de risco.

Cada criança quando é acolhida em um abrigo, assemelha-se a um filhote que caiu do ninho.
Necessita de abrigo, agasalho, alimento e,

sobretudo, de calor humano e muito amor.

Que Deus continue nos abençoando e dirigindo

nossos passos em direção à Sua vontade.


Mensagem de  Dalva Mlaker Braga

Dalva .... Mais um anjo no céu

Dalva .... Mais um anjo no céu

Infelizmente (para nós) a nossa Querida irmã Dalva, fundadora e responsável pelo orfanato Lar da Mônica desencarnou no dia 06/07/2012.

Nossa irmã deixa não apenas um grandioso trabalho, mas acima de tudo um rastro de amigos, irmãos e admiradores.

O seu impressionante trabalho e desprendimento são um exemplo a todos nós que tivemos a imensa felicidade de conhecê-la e compartilhar de sua companhia e inesquecíveis lições.

Por décadas de trabalho dedicado aos pequeninos órfãos e desamparados temos a mais absoluta certeza de que ela conta com grande número de amigos no plano espiritual que a amparam nesse momento de transição. Portanto, neste momento, também temos certeza de que não precisamos pedir a nosso Pai Divino que a ampare, pois seu trabalho e legado falam por ela.

Desta forma, queremos sim agradecer a nossa querida irmã Dalva por todo seu trabalho e por ter sido, para nós, um exemplo a ser seguido.


Homenagem da Sociedade de Estudos Espíritas do Jaraguá





A alegria de servir

A alegria de servir


Certa vez uma pessoa me fez uma pergunta: “Vocês espíritas fazem muitos trabalhos sociais e beneficentes, por quê?” Eu não consegui responder de imediato, balbuciei algo, mas simplesmente me parecia tão natural que não consegui lhe dar uma razão em específico, então disse simplesmente: “Pela alegria de servir!”

Qual razão melhor?

Caridade que nos levará a salvação?
Realmente eu não sei se essa é a razão que move muitos dos espíritas. Há um momento em que ver a felicidade de quem auxiliamos é tão compensador que pouco importa se estaremos sendo “salvos” ou não.

Aquela atividade simplesmente passa a fazer parte de nós, e se nos fosse tirado seria como se perdêssemos uma parte de nós.

Quantas pessoas adentram as casas espíritas infelizes e até muitas vezes desesperadas vendo no espiritismo a sua última esperança. Vê-las voltar a sorrir e dizerem que se sentem renascer é algo que não é possível traduzir em palavras.

Talvez a melhor maneira de expressar seja a de que conforme a pessoas auxiliada se sente bem é como se passássemos a sentir esse sentimento, como se pudéssemos compartilhar desse sentimento de felicidade que ela sente.

“O Espírito da Verdade” em O Livro dos Espíritos informa que o trabalho para os espíritos evoluídos é uma grande satisfação e não algo que lhe pese de qualquer forma.

Como viver indiferente a tal experiência?

Mas é exatamente o que fizemos durante um longo tempo, ignoramos o sofrimento alheio e nos fizemos indiferentes durante séculos.

“’O Filho do Homem’ não veio para ser servido, mas para servir”, ensinou o Mestre Jesus.

“Amar do que ser amado”, a célebre frase da Oração de Francisco de Assis.

Lições que estão conosco há séculos nos ensinado o caminho para a felicidade. A verdadeira felicidade.

O abraço em um idoso em um asilo.

Pegar no colo um órfão em orfanato. Na verdade mais de um porque são muitos e muito carentes.

O olhar de esperança das pessoas no público durante uma palestra.

O abraço gostoso de um portador de síndrome de Down.

O olhar renovado de um enfermo em um leito de hospital.

O sorriso eletrizado de um pequenino ao ver o Papai Noel na festa de natal beneficente.

As lágrimas de felicidade de um irmão desencarnado que volta ao equilíbrio ao ser atendido em um trabalho mediúnico.

Quantas oportunidades oferece-nos nosso Pai Divino! Em tão farta mesa porque morrer de fome?

Não importa se é um trabalho realizado no centro espírita ou se feito por conta própria, se de forma conhecida ou anônima. O amor e o amar não pede nome.

A felicidade não está na outra ponta do arco íris, ela está ao nosso alcance. Sempre esteve, apenas nos fizemos cegos e insensíveis a isso.

“Faça ao próximo o que você gostaria que lhe fizessem”. Ensinou o Mestre Jesus. Isso torna tudo muito mais fácil, pois sabemos então o que exatamente fazer.

Se então é tão bom e tão fácil, porque não fazer?

“Ama o teu próximo como a ti mesmo”, ensinou o Mestre Jesus.

Se não conseguimos amar o próximo é porque não aprendemos a nos amarmos de verdade.

Somos como a criança que diante de uma mesa farta de doces, come até não poder mais e pouco tempo depois passa mal e tem que ficar por um bom tempo vomitando o que comeu. O doce não é ruim, mas sim o seu excesso. Excedemos-nos naquilo que Deus nos dá de necessário a viver. Perdemos tempo com o excesso do que não precisamos.

E se você tem em excesso, divida com quem não tem nem o necessário.

Se você não tem nem o necessário para você, de um abraço, um sorriso, um ombro amigo, essas dádivas se multiplicam ao infinito. Portanto você também tem em excesso para dar.

Ajuda-te que o céu te ajudará.

Sirva para ser servido.

Compartilhe da alegria de servir!    

                                                                                      Luis Fernando Ferreira Canhero                                  

HISTÓRIAS DA SEEJA


HISTÓRIAS DA SEEJA

No início da SEEJA nosso mentor informou que a casa teria forte identificação com o local onde estava, o Jaraguá.

Por essa razão o logo inspirado é o Pico do Jaraguá com as iniciais SEEJA. A imagem que foi transmitida mostrava o morro verde com letras incandescentes como um raio de sol. Por essa razão as letras são em amarelo. Portanto há uma razão para ele ser o que é.

Apesar de em nosso jornal o logo estar em preto e branco, essas são as cores que deveríamos adotar. O verde e o amarelo. Evidentemente nem sempre foi possível fazer tudo assim.

Ele nos informou que a casa teria relação com o passado do local, com o que ocorreu quando tudo ainda era selva no Jaraguá e havia uma tribo indígena.

Talvez nem todos saibam, mas o Pico do Jaraguá guiava os bandeirantes e tropeiros nas viagens para o interior de São Paulo. O pico verde e ensolarado. Faz sentido não faz?!

Certa vez em um momento muito difícil para a SEEJA, Ele nos disse: "Permaneçam unidos e felizes. Este momento passará! Confiem, pois está Casa crescerá dez vezes mais do que é! Muitos chegarão ainda e se unirão a vocês!”




                                                             Parte de nós


Já parou para pensar porque gostamos tanto de histórias como as de Harry Potter ou Senhor dos Anéis, ou melhor, porque alguns personagens mesmo não sendo os principais nos encantam tanto, sejam eles duendes, elfos, sabe-se lá que nomes eles tenham, não fazem parte da história principal, mas sem sua presença a história não teria tanta graça. Muitos destes personagens saem da cultura local do escritor, são inspirados ou são personagens do folclore deste autor. Este fato faz com que este personagem tenha algo a mais, que nos chama atenção, isso ocorre, pois dentro da cultura daquele povo o personagem tem vida própria, sua vida tem significado para aquela sociedade.

Este fato acontece em todos os lugares, os personagens do folclore local representam aquele povo, tem características únicas naquele lugar e quando circula vai agregando novas informações por onde passa. No Brasil não é diferente e por ser um país tão grande encontramos peculiaridades num mesmo elemento do folclore, muitas vezes fica difícil de entendermos, mas se o conseguirmos veremos que ele representa o social, as crenças, os hábitos, os amores, os preconceitos, enfim ele é a sociedade, o que ela quer mostrar ou esconder.

Se analisarmos profundamente e conseguirmos encontrar sua origem, veremos a sua razão de existir, o seu DNA social. Por exemplo, as festas juninas, qual sua origem? Provavelmente sua origem está no “velho mundo”, que durante muitos anos se reunião em festividades para agradecer. Agradecer o fim do inverno, a boa safra, a temporada de chuvas, a chegada da primavera, enfim sempre havia um momento para agradecer. Com a colonização das Américas este hábito foi trazido, mas a necessidade de evangelizar acabou direcionando a festa para os “santos da igreja católica”, cada região do país deu forma e características distintas, mas dentro de um contexto único iniciado lá na Europa há séculos, o de agradecer!

Isto nos da uma mostra do quanto é rico e importante conhecermos o nosso folclore, os personagens, pois eles nos dizem muito sobre quem somos, o que sentimos, em fim a nossa alma social, por exemplo, o “Curupira” (aquele que tem o corpo de menino), pode , veja bem, “pode” representar os nossos medos, diante de suas características podemos encontrar nos mesmos, com nossos medos; medo de crescermos e depararmos diante de um ser tão diferente do que gostaríamos, ai acabamos correndo o mundo tentando protegê-lo de nós mesmos. Metáfora!  Sem dúvida, mas o que quero dizer é que os personagens do folclore são muito ricos e nos representa enquanto cidadãos, por isso há necessidade de que estejam sempre em pauta nas escolas, não só em um determinado período do ano, que seja constantemente, para que possamos entendê-los e dar o devido valor, quem sabe vê-los brilhar como alguns elfos e duendes, ou melhor, como personagens de uma cultura rica como a Brasileira!

                                                                                                                                            Telma Filintro

domingo, 6 de maio de 2012

O que encontrar em uma Casa Espírita


O espiritismo está na moda. Apenas a rede globo de televisão tem atualmente duas novelas que abordam a comunicação com os desencarnados, mesmo que uma de forma cômica e alegórica.

Quem não é espírita e assiste a novelas, filmes ou lê livros que abordam a temática espírita vê o enredo dessas obras como verdade. Acreditar em tudo passivamente não é correto. Não que seja de todo mal, há pouco tempo o tema era tabu ou visto de forma pra lá de fantasiosa em filmes de terror com fantasmas.

Todas essas obras artísticas acabam por atrair as pessoas para o meio espírita. Nós espíritas estudantes da doutrina espírita temos a obrigação de saber receber bem essas pessoas e entender o fato de chegarem com uma visão completamente distorcida da doutrina espírita.



Por outro lado, as pessoas que procuram uma casa espírita por simples curiosidade ou por ter algum problema não podem esperar encontrar algo sobrenatural como é mostrado em algumas das obras citadas.

A doutrina espírita é uma ciência e filosofia. Por conta disso se torna para nós uma religião.

A doutrina nasceu como uma ciência, codificada (organizada) por Allan Kardec.

Para ser espírita, a pessoa deve estudar a doutrina. No espiritismo não há padres ou pastores e nem iniciados de qualquer tipo a nos dizerem o que e como fazer.

Não há hierarquia na doutrina ou na casa espírita. Ninguém é mais importante ou maior do que o outro. As mulheres têm os mesmos direitos e deveres dos homens.

O espiritismo não oferece formulas mágicas para os problemas da vida.

O espírita é cristão. Portanto todo espírita segue as lições de Jesus. O Amor ao próximo e a caridade são princípios morais da Doutrina Espírita.

Ao contrário do que muitos afirmam, Allan Kardec não é o “deus” dos espíritas. Ele é apenas o responsável pela codificação da doutrina. O Livro dos Espíritos não é a bíblia dos espíritas. Ele é apenas o principal livro da codificação a ser estudado.

Da mesma forma, ao contrário do que a crendice popular afirma, quem vai a uma casa espírita não vê espíritos. Não há o que temer. Na casa espírita encontramos amor, paz e fraternidade.

Na casa espírita não há rituais, cerimônias, roupas e paramentos especiais ou dogmas.

Não há dízimos. O espírita não cobra nada de ninguém, todo atendimento é gratuito bem como a participação em seus trabalhos. O espírita faz eventos beneficentes para arrecadar fundos para custear as despesas como luz, água etc.

No espiritismo aprendemos que tudo se conquista com o “suor da própria camisa”. Deus não nos dá o que pedimos e sim os meios de conquistar com o nosso esforço e dedicação.

O espírita respeita a todas as religiões e credos. Na doutrina espírita aprendemos que não somos melhores do que ninguém ou donos da verdade. Estamos em evolução como toda e qualquer pessoa no planeta. Erramos para aprender a acertar e assim a evoluir.

A comunicação com os desencarnados (mortos popularmente falando) é apenas para a nossa aprendizagem e evolução e não para a nossa fútil satisfação pessoal.

Você quer ser espírita? Leia as cinco obras (livros) de Allan Kardec. Esse é o começo correto.

Quer ter maior conhecimento a respeito da prática da doutrina? Leia Chico Xavier.

Você quer ser um bom espírita? Leia, estude, siga e viva as lições de nosso Mestre Jesus.



Um companheiro de Jornada!


Bruxa, bruxa venha a minha festa!* Era assim que iniciava o momento mais esperado do dia. No final do dia as crianças ansiosas esperavam por mais uma seção de leitura, não qual quer leitura, mas o preferido delas olha que algumas tinham medo do personagem principal, a “Bruxa” mesmo assim não viam a hora de iniciar a leitura ou releitura, o momento era tão rico que elas mesmas antecipavam a historia ou questionavam se houvesse alguma modificação, a maioria tinha menos de dois anos e meio, mas apesar da pouca idade elas são incentivadas a participar, o que acaba sempre nos surpreendendo.

Quando se olha os rostinhos dessas crianças e as vê encantadas por algo que elas mal compreendem me pergunto, que oportunidade de contato com o mundo mágico dos livros as crianças que não freqüentam a educação infantil estão tendo?

Eu não freqüentei escolas de educação infantil, mas posso dizer que sou uma pessoa privilegiada, pois sempre estive envolta com o mundo dos livros, desde pequena os via circulando, sendo manipulados e principalmente amados em meu lar. Não que meus pais conhecem o que os especialistas em educação dizem a respeito da inserção da leitura desde a tenra idade, longe disso, eles não tinham a menor idéia do que faziam, simplesmente amavam aquele objeto que tinha vida própria, que é capaz de ofertar o mundo em todos os seus aspectos, geografia, historia, moral, em poucas linhas viajar sem sair do lugar!

Mas como fazer alguém gostar de livros, de ler, de respeitá-lo, se muitos de nós já não os vemos com bons olhos, dizendo não ter tempo, dinheiro ou paciência. Assim fica difícil passar para os mais novos este prazer. E nós que nos denominamos espíritas, qual é a nossa postura diante dos livros? Quantos e quais os lemos? Os entendemos? Conseguimos passar seu conteúdo a nossos filhos, netos, sobrinhos?

Se ler um romance ou ficção já nos faz tão bem, o que dirá esses livros que vem nos preencher com conhecimento, abrir nossos olhos para a verdadeira vida, mostrando que muitas das dificuldades por que passamos é “culpa exclusivamente nossa” e nos dá oportunidades de refletir sobre nós mesmos, com seus exemplos e explicações. Só que muitas vezes nos esquecemos de compartilhar o prazer de ter este conhecimento com os outro.

O livro pode e deve fazer parte do nosso dia a dia, se soubermos aproveitá-lo será mais um membro da família, pois ele tem o poder de unir famílias inteiras. Se buscarmos na literatura espírita autores que podem despertar o interesse de gerações em torno de seus livros teremos vários, neste momento destacarei um, hoje talvez o mais conhecido, André Luis, em seus livros temos os mais diversos assuntos e todos eles muito atuais, que despertaria o interesse de toda a família, temas como ciência, violência, sexo, amor, estão e suas paginas, nos esperando, para que possamos ler, entender, discutir, nos avaliar e mudar. Parece muito, mas não é isso que procuramos? Aprender, mudar e evoluir!

Às vezes procuramos respostas nos mais diferentes lugares, no entanto podemos encontrá-las em poucas linhas e com isso mudar nossas vidas. Diante disso eu pergunto: Você já leu um livro este ano? Se leu compartilhou sua essência com alguém?

Todos nós estamos sempre procurando aprender e não há ninguém melhor para nos acompanhar nessa jornada que os nossos familiares e de preferência com um bom livro servindo de guia! Por tudo isso leia mais, ame mais, compartilhe mais!

Boa leitura a todos!



* autor: Arden Druce  - editora Brinque Book                                                                                       Telma Filintro

    
                                                                                                              Professora de Educação Infantil

quarta-feira, 7 de março de 2012

ADMINISTRANDO O CENTRO ESPÍRITA COM AMOR E SABEDORIA

O tema é recorrente, mas como o nosso informativo chega a outras casas, achei que seria interessante retomar o tema.

Sem mencionar claro, a importância da mulher, a qual é homenageada neste mês, na administração dos centros espíritas, uma vez que elas são sempre a maioria nos centros.

Quando o grupo que compõe o centro espírita se propõe a trabalhar de forma responsável, com humildade, união, fraternidade e comprometimento, a casa irá crescer; isto é certo, pois tudo tem e deve evoluir.

Crescer doe e é sempre um grande desafio. Deixar de ser criança, adolescente para ser adulto é sempre muito complicado.

Nenhuma empresa que começou como pequena, muitas vezes em uma pequena porta, e chegou a um império empresarial, alcançou tal patamar sem muito trabalho e administração competente. O que tem haver um centro espírita com uma empresa? Tudo!

Administração é sempre administração. Porém, no centro espírita o desafio é maior, pois deve ser feito de forma fraternal, o que nem sempre está presente em uma empresa.

O centro não pode ter dono. A famosa expressão o centro do seu fulano é perniciosa.

Os espíritas devem entender que o centro é de um fulano chamado Jesus. Se nessa encarnação somos espíritas é porque o Mestre Jesus permitiu.

O centro, sim deve ter um líder. Nem sempre esse líder ocupa o cargo de presidente, mas ele sempre tem ascensão sobre os demais devido ao seu conhecimento e experiência.

O centro deve ser dividido em departamentos. Cada departamento tem seu encarregado. O caro leitor mais experiente em centro espírita dirá que não há novidade alguma nisso. Sim, mas em boa parte das casas o encarregado não faz nada se o dono do centro não deixar e isto está errado.

O encarregado deve ter liberdade de ação e apenas prestar contas de seu departamento a direção, ou diretoria como preferir. Por conta disso, o encarregado deve ser uma pessoa madura e responsável, alias como em qualquer empresa ou organização.

Somos espíritos ainda falhos, portanto o encarregado de departamento mais cedo ou mais tarde poderá falhar. Neste momento todos na casa devem compreender e se disponibilizar a auxiliar na correção da falha de forma fraterna. Não precisa nem dizer; sem jogar a primeira pedra. Certo?!

Quem deverá ser o encarregado ou responsável por cada um dos departamentos e atividades realizadas na casa? Esse é um dos pontos mais falhos em muitos centros.  Quem tiver aptidão deve realizar a atividade.

Aptidão. Essa palavrinha é sempre desprezada.

Nem todos são médiuns ativos ou possuem aptidão para fazer palestra ou afinidade com bazares e afins. Isso deve ser compreendido e aceito como algo natural.

Neste ponto, o orgulho sempre fala mais alto. Quem não tem mediunidade ativa quer ser médium. Pessoas que não tem a menor aptidão para falar em público querem fazer palestras. De outra forma, pessoas que trabalham em bazares e afins criticam as pessoas que não participam de bazar e eventos, mas que por sua vez, são muito ativas em outras atividades. Portanto colaboram sim, mas em outras atividades tão importantes quanto esses eventos.

Não existe a pessoa mais importante no centro e ninguém nasceu predestinado. Ninguém deve ser endeusado. Para nós o exemplo é o Mestre Jesus, o caminho, a verdade e a vida.

A atividade mais importante de um centro espírita não é a caridade. É o estudo. Sim, o estudo!

O estudo da doutrina leva as pessoas a fazer caridade e não o contrário.

O centro espírita que só faz caridade e não estuda as obras de Allan Kardec é tudo, menos um centro espírita. Pode até ser feito com muito amor e ter muito mérito, mas ainda sim, não é um centro espírita.

Deve sempre haver fraternidade e alegria no centro. Essa história de que o silencio é uma prece não cabe em todas as situações. O espírito ouve apenas o que quer (vide O Livro dos Espíritos). Mesmo em silencio, internamente a pessoa pode estar gritando.

Ao chegar ao centro devemos cumprimentar os demais e não chegar calado de cara séria, sentar na cadeira e ficar com cara de velório. Ser cristão e espírita é essencialmente uma alegria, é ser feliz porque possuímos na mão uma maravilhosa ferramenta para sua evolução.

Uma casa fechada embolora. Mentes fechadas envelhecem. Abramos as janelas de nossa mente.

   

                                                                                                                       Luis Fernando Ferreira Canhero

MARÇO MÊS CONSAGRADO A HOMENAGENS ÀS MULHERES EM TODO MUNDO

Março mês consagrado a homenagens em todo o mundo às mulheres, aqui não seria diferente, então os nossos sinceros parabéns a todas as mulheres, em especial a você frequentadora da SEEJA, mais uma vez PARABENS!

O escritor Laurentino Gomes (livros 1808 e 1822) em uma palestra disse que um país é aquilo que esta em seu DNA, se levarmos esta frase em consideração veremos que estamos constantemente sofrendo mutações. Mutações estas que ocorrem graças à persistência de pessoas que algumas vezes não tinham a menor pretensão de mudar algo ou alguém, mas sua historia e lutas acabaram mudando se não o mundo pelo menos um pedacinho dele e algumas deixaram um legado tão grande que deveríamos conhecê-las e fazer com que essa herança não seja esquecida ou denegrida, que ela seja modificada, mas dentro das mutações que levam beneficio a todos.

Dentre essas pessoas especiais temos muitas brasileiras, algumas conhecidas outras nem tanto, mas seu papel em nossa sociedade não se discute, é importante conhecer a historia, para que possamos entender o país que moramos e mais sermos agente de mudanças assim como elas, independentemente de sermos homens ou mulheres, adultos ou crianças é nossa responsabilidade conhecer, mudar, materialmente, moralmente, mas principalmente que essa mudança tenha significado para todo o coletivo.

Não importa o campo que atue, seja ele reconhecido ou não com a dona de casa, saiba que sua contribuição para evolução de nosso planeta é fundamental e se alguém necessita de alguma inspiração aqui vai ela, algumas mulheres que em seu tempo ou a tempo fizeram diferença, que tal se inspirar!

Ana Pimentel (Portugal/Brasil por volta de 1534)  Esposa de Martim Afonso de Souza, governou a capitania de São Vicente sem nunca ter posto os pés no Brasil, e foi quem ordenou o cultivo de cana de açúcar, laranja, arroz, trigo e criação de gado na região.

Chica da Silva (Brasil - de 1740 a 1796)  A escrava que se fez rainha, foi a primeira negra a alcançar prestígio e riqueza no Brasil após união consensual com o explorador de diamantes João Fernandes.

Maria Quitéria (Brasil - de 1792 a 1853)  Militar brasileira, disfarçou-se de homem para lutar na guerra da independência brasileira. Feita alferes por D. Pedro I, é considerada a Joana D´Arc do Brasil.

Ana Néri (Brasil - de 1814 a 1880)  Pioneira da enfermagem no Brasil acompanhou seus filhos, soldados, na Guerra do Paraguai, prestando serviços médicos..

Anita Garibaldi (Brasil - de 1821 a 1849)  Companheira de Giuseppe Garibaldi, é conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos" por ter participado da Revolução Farroupilha no Brasil e da unificação da Itália.

Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (Brasil – 1908 a 2011)  Única brasileira homenageada no Museu do Holocausto, segunda esposa de Guimarães Rosa, salvou mais de 100 judeus na segunda guerra emitindo passaportes para entrada ilegal dos refugiados no Brasil.

Rachel de Queiroz (Brasil - de 1910 a 2003)  Jornalista, tradutora e romancista, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Ganhou em 1993 o considerado Nobel da literatura portuguesa, o Prêmio Camões e é considerada a maior escritora brasileira.

Irmã Dulce (Brasil - de 1914 a 1992)  Religiosa brasileira destacou-se por seu trabalho de assistência aos pobres e aos necessitados e por suas inúmeras obras de caridade no nordeste, em especial na Bahia.

Ruth Cardoso (Brasil - de 1930 a 2008)  Antropóloga, professora da USP e, apesar de não apreciar o título, primeira-dama brasileira no governo Fernando Henrique Cardoso, criou o programa Comunidade Solidária de combate à exclusão social e à pobreza, destacando-se por sua idoneidade e princípios éticos.

Maria da Penha (Brasil)  Vítima de atentados praticados por seu ex-marido, sua luta e história inspiraram a lei de proteção das mulheres em casos de violência doméstica. Hoje é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência. 




 Exemplos não faltam! Talvez o que esteja faltando é enxergar que a mudança às vezes pode começar no seu próprio lar, junto a sua família.

A todos, mulheres e homens encarem esta data como um momento de mudança, um marco para cada um iniciar a sua mudança interior.

Tenham todos, um feliz dia internacional das mulheres. Ou melhor, dia internacional da mudança!!!!


   Telma Filintro                                                                                                           


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Comprometimento

O verdadeiro espírita deve ser comprometido.
A frase diz tudo e não seria necessário discorrer a respeito.
No entanto de quando em quando perdemos o significado da palavra comprometimento.
Comprometimento é muito mais que uma poupada mensalidade ou uma determinada obrigação realizada com certa pontualidade.
Espiritismo não é uma religião. É uma opção de vida.
Faça chuva, sol, frio ou calor, o trabalhador espírita deve ir ao centro realizar o que lhe compete.
Não há espiritismo de horas vagas. Ser espírita é abrir mão de algumas coisas da vida; um certo programa de TV, o descanso diário depois do trabalho, entre outras coisas.
O trabalhador espírita não precisa ser santo (e nem seria possível), ele deve ser bom, dedicado, responsável e consciencioso.
André Luiz em Desobsessão nos ensina que, se no dia em que tivermos compromisso no centro espírita, chegar uma visita em nossa casa, devemos pedir licença a essa pessoa e explicar que temos um compromisso muito importante.
Todos nossos familiares e amigos devem saber o quanto esse compromisso é importante.
O espírita deve ser simples, bem como ensinou nosso Mestre Jesus.
Se o automóvel quebrou e há transporte coletivo que nos leve ao centro, devemos deixar de ser orgulhosos e fazer uso do transporte coletivo.
Quantas vezes ouvi trabalhadores dizendo que não puderam ir porque o carro havia quebrado.
Talvez não seja a toa que André Luiz se refere às pessoas chegando ao plano espiritual caminhando ( quando não carregados). Jesus fez questão de dar o exemplo se utilizando de um “burrinho”.
Se de fato houver algo que o impeça de continuar a fazer parte de um trabalho, deve comunicar que estará se afastando até que encontre novamente condições de ser assíduo.
Quantas vezes nossos irmãos do plano espiritual nos poupam dessa ou daquela indisposição física para que possamos estar presentes em nosso trabalho espírita. Por que haveríamos de ser indiferentes a esse esforço e cuidado por parte de nossos irmãos?
Cada qual no centro espírita terá sua função. Nenhuma é mais importante do que a outra, mas cada qual terá a sua. Cada pessoa tem uma aptidão, seja de liderança, mediúnica, como orador, como instrutor, passista e tantas outras atividades, mas deve o trabalhador espírita entender que ele irá fazer aquela para qual tem aptidão e não a que julga ser melhor, mais importante ou mais bonita.
E o mais importante, quando o trabalhador espírita se ausentar, deve lembrar-se que alguém terá que substituí-lo.
Ser trabalhador espírita é ter em mãos uma ferramenta poderosa de evolução. Muitos, ainda no plano espiritual, gostariam de estar em nosso lugar. Não podemos desdenhar da dádiva que recebemos de nosso Mestre Jesus.
Como nos ensina Emmanuel em uma de suas lições, a falha de Tomé não foi não crer sem ver, e sim não estar presente ao lado de seus irmãos quando Jesus se materializou a eles.