Com brincadeiras também se aprende
Um amigo meu escreveu para mim a
seguinte frase: - Que saudade da época que eu tinha férias!
Diante disto só por um instante se nós
adultos com um pouco mais de trinta anos, buscarmos as nossas cicatrizes de
infância iremos constatar que varias delas só nos dá boas lembranças. Elas
mostram o quanto fomos crianças, no melhor sentido da palavra. Para nós não
havia limites, tudo, mas tudo mesmo era motivo para diversão e o momento mais
esperado do ano eram as mágicas férias, período esse onde nosso mundo se
transformava, onde a brincadeira era criada, reinventada, acima de tudo eram
vividas, oposto de hoje, aonde quase tudo vem pronto.
Nossa nós praticávamos Bulyling! Olha
que nossas mães faziam questão de que a briga acabace com um abraço, é o
bullying não tinha muito espaço para sobreviver a tanta diversão e
principalmente as nossas mães.
Elas estavam atentas a cada ato nosso
mesmo que trabalhasse fora de casa, sempre tinha alguém de olho em nós, e
nossos pais, eles tinham tempo para ensinar como brincar, por exemplo, bolinha
de gude, eram os adultos quem nos ensinava a brincar, a construir o brinquedo,
nada tinha manual e assim mesmo éramos crianças, crianças felizes.
Se hoje vivemos em uma sociedade que nos
devora o tempo, é porque nós escolhemos assim! Talvez ao olharmos as crianças
de hoje e observarmos que elas não vivem como crianças, que suas brincadeiras
não são atrativas e às vezes nem saudáveis, possamos mudar o direcionamento que
estamos dando a nossa sociedade e focarmos mais na saúde e na educação de
nossos filhos. Que devemos mesclar o passado e presente e teremos quem sabe num
futuro não muito distante pessoas se orgulhando das cicatrizes que a vida lhe
deu.
Então neste momento eu lhes convido a
tira à criança adormecida que existe em cada um de nós e aproveitem as férias
de julho para brincar, ensinar seus filhos, netos, sobrinhos, enteados, enfim
ensine uma criança a brincar de verdade, como nós brincávamos, ensinem elas a
serem crianças a aproveitar o máximo deste período tão curto de nossas vidas,
mas principalmente cumpra com o seu dever de educar e amar.
Telma Filintro