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domingo, 15 de julho de 2012

A alegria de servir

A alegria de servir


Certa vez uma pessoa me fez uma pergunta: “Vocês espíritas fazem muitos trabalhos sociais e beneficentes, por quê?” Eu não consegui responder de imediato, balbuciei algo, mas simplesmente me parecia tão natural que não consegui lhe dar uma razão em específico, então disse simplesmente: “Pela alegria de servir!”

Qual razão melhor?

Caridade que nos levará a salvação?
Realmente eu não sei se essa é a razão que move muitos dos espíritas. Há um momento em que ver a felicidade de quem auxiliamos é tão compensador que pouco importa se estaremos sendo “salvos” ou não.

Aquela atividade simplesmente passa a fazer parte de nós, e se nos fosse tirado seria como se perdêssemos uma parte de nós.

Quantas pessoas adentram as casas espíritas infelizes e até muitas vezes desesperadas vendo no espiritismo a sua última esperança. Vê-las voltar a sorrir e dizerem que se sentem renascer é algo que não é possível traduzir em palavras.

Talvez a melhor maneira de expressar seja a de que conforme a pessoas auxiliada se sente bem é como se passássemos a sentir esse sentimento, como se pudéssemos compartilhar desse sentimento de felicidade que ela sente.

“O Espírito da Verdade” em O Livro dos Espíritos informa que o trabalho para os espíritos evoluídos é uma grande satisfação e não algo que lhe pese de qualquer forma.

Como viver indiferente a tal experiência?

Mas é exatamente o que fizemos durante um longo tempo, ignoramos o sofrimento alheio e nos fizemos indiferentes durante séculos.

“’O Filho do Homem’ não veio para ser servido, mas para servir”, ensinou o Mestre Jesus.

“Amar do que ser amado”, a célebre frase da Oração de Francisco de Assis.

Lições que estão conosco há séculos nos ensinado o caminho para a felicidade. A verdadeira felicidade.

O abraço em um idoso em um asilo.

Pegar no colo um órfão em orfanato. Na verdade mais de um porque são muitos e muito carentes.

O olhar de esperança das pessoas no público durante uma palestra.

O abraço gostoso de um portador de síndrome de Down.

O olhar renovado de um enfermo em um leito de hospital.

O sorriso eletrizado de um pequenino ao ver o Papai Noel na festa de natal beneficente.

As lágrimas de felicidade de um irmão desencarnado que volta ao equilíbrio ao ser atendido em um trabalho mediúnico.

Quantas oportunidades oferece-nos nosso Pai Divino! Em tão farta mesa porque morrer de fome?

Não importa se é um trabalho realizado no centro espírita ou se feito por conta própria, se de forma conhecida ou anônima. O amor e o amar não pede nome.

A felicidade não está na outra ponta do arco íris, ela está ao nosso alcance. Sempre esteve, apenas nos fizemos cegos e insensíveis a isso.

“Faça ao próximo o que você gostaria que lhe fizessem”. Ensinou o Mestre Jesus. Isso torna tudo muito mais fácil, pois sabemos então o que exatamente fazer.

Se então é tão bom e tão fácil, porque não fazer?

“Ama o teu próximo como a ti mesmo”, ensinou o Mestre Jesus.

Se não conseguimos amar o próximo é porque não aprendemos a nos amarmos de verdade.

Somos como a criança que diante de uma mesa farta de doces, come até não poder mais e pouco tempo depois passa mal e tem que ficar por um bom tempo vomitando o que comeu. O doce não é ruim, mas sim o seu excesso. Excedemos-nos naquilo que Deus nos dá de necessário a viver. Perdemos tempo com o excesso do que não precisamos.

E se você tem em excesso, divida com quem não tem nem o necessário.

Se você não tem nem o necessário para você, de um abraço, um sorriso, um ombro amigo, essas dádivas se multiplicam ao infinito. Portanto você também tem em excesso para dar.

Ajuda-te que o céu te ajudará.

Sirva para ser servido.

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                                                                                      Luis Fernando Ferreira Canhero