O espírita no mundo profissional
Em um meio, como o profissional, onde o
mais importante é o dinheiro, vender, faturar e lucrar, até onde vai nossa responsabilidade?
Reconheço
não ter capacidade para avaliar
em toda sua
amplitude essa questão, mas com certeza, desonestos não podemos ser.
Resolvi
então compartilhar o próprio texto que escrevi para a newsletter com todos que
lêm o jornal da SEEJA.
Espero
que leiam, e todos nós que temos alguma
atividade profissional possamos refletir
a respeito.
O valor da honestidade
Muito
já se falou do jeitinho brasileiro e da lei de levar vantagem. Para algumas
pessoas o hábito se tornou tão forte que lhe parece perfeitamente natural
ganhar algo em cima do prejuízo alheio.
No
mundo dos negócios, infelizmente, a necessidade de competir, faturar cada vez
mais alto e lucrar cada vez mais, fez com que alguns profissionais buscassem o
ganho de forma desleal e, muitas vezes, até mesmo, desonesta.
Estamos
todos em um grande ecossistema econômico. Se um ganha, o que verdadeiramente
não lhe cabe, fazendo com que outro perca, isso iniciará uma reação em cadeia.
É a lei da ação e reação.
Se
uma empresa que age de forma honesta deixa de vender porque seu concorrente, cliente ou fornecedor agiu de
forma desleal, automaticamente, isso
provocará uma reação. Talvez ela tenha que demitir funcionários, comprar menos
de fornecedores, aumentar os preços de venda, etc. Ou seja, um ato desleal não
atingirá apenas uma empresa, mas, indiretamente, várias outras.
Como
a ação desleal acaba por se tornar algo comum, a empresa que age de forma
honesta é vista com olhares de dúvida. A
empresa honesta negocia, mas não barganha.
Há uma grande diferença entre negociar e
barganhar. Negociar é o ato de se chegar a um ponto bom para ambas as partes.
Barganhar é negociar de forma a se tirar vantagem da negociação e,
invariavelmente, ganha o mais forte ou, muitas vezes, o mais desonesto.
Mesmo
que alguns clientes não entendam, a princípio, que sua forma de agir é a
correta e honesta, esses sempre serão a minoria. A maioria sentirá que está
negociando com alguém honesto.
Podemos
concluir então que empresas e profissionais que agem de forma desonesta serão
mal vistos pela sociedade. Valorize aquelas que agem dentro dos princípios da
honestidade.
Luis
Fernando Ferreira Canhero