A
cada ano ouvimos com mais freqüência que a família não participa ativamente da
vida escolar de seus filhos, por falta de tempo ou o que é mais triste por
falta de interesse, no primeiro caso o descontentamento deste por não participar
é refletido no seu corpo, gestos e fala, já no segundo a indiferença não tem
reflexo em si, ele apenas não se importa. Muitas vezes a escola é a
oportunidade de passar mais tempo longe das crianças ou dos adolescentes, para
esses as férias são o pior momento do ano, conviver com seus rebentos é um
peso, não vêem à hora delas acabarem, é ela acabou, agora iniciamos nossas
rotinas!
Em
qual desses casos você se encaixa, seja sincero com sigo mesmo, “ninguém” está
vendo, pense, avalie suas posições, reflita, o quanto se interessa por esse ser
sob sua responsabilidade. Muitos acham que sua responsabilidade é limitada até
o portão, outros nem chega lá, mas a responsabilidade vai das quatro paredes da
casa, por isso é fundamental que estejamos atentos a vida deste ser que direta
ou indiretamente você é responsável.
Provavelmente
você já ouviu que “a quem muito foi dado, muito será cobrado” esse é o caso de
quem se diz espírita, pois a todo instante temos a oportunidade de questionar
nossas vidas e muitas vezes encontramos as respostas para nossas duvidas e
sabemos que nossos atos sempre geram consequências, portanto cabe a nós
traçarmos nossos caminhos.
Quando
se tem um filho “planejado ou não” as nossas atitudes influencia diretamente
esse ser, portanto além induzi-lo ao caminho do bem, também somos responsáveis
por sua educação formal, não devemos delegá-la somente a escola, sua participação,
apoio e exemplos são fundamentais para o crescimento deste ser que necessita de
seu auxilio, assim como você necessita o dele, é uma troca, onde cada um
participa em posições diferentes, mas uma troca, onde pais (responsáveis) e
filhos (netos, sobrinhos) crescem moralmente.
Você
espírita sabe disto, muitas vezes deixa de lado essa parceria, criando lacunas
nesse crescimento, por falta de tempo, por achar que pode fazer isso depois. Se
a nossa vida é corrida é porque assim escolhemos, mas o que realmente tem
valor? Um carro novo, uma roupa da moda ou nosso crescimento espiritual?
Ah!
Não adianta pensar: eu vou à casa espírita, levo meus filhos na evangelização!
Que bom! Mas quando resolvemos assumir a criação/educação de um ser humano,
assumimos a responsabilidade de participar de toda a sua vida, todos os
instantes possíveis. Pense nisso, comece agora, saiba quem são os professores
de seus filhos, seus colegas de sala, quais são as suas principais dificuldades
e habilidades. O ano letivo começou e esta é mais uma oportunidade de você
crescer junto com esta pessoa e fazer o que foi combinado, muito ante de vocês
estarem encarnados.
As
oportunidades aparecem onde menos esperamos, agora quando ela é parte de nossa
existência, o fracasso tem um peso muito maior, ele pode estar no menor de
nossos atos!
Telma
Filintro