“Gerações e
gerações de espíritas passaram pela Terra, de Kardec até hoje sem terem obtido
sequer um laivo de educação espírita, de formação doutrinária sistemática.
Aprenderam apenas alguns hábitos espíritas, ouviram aulas inócuas de
catecismo...”
Da obra Cursos dinâmico de Espiritismo – O grande
desconhecido de Jose Herculano Pires.
Diariamente acompanhamos crimes bárbaros por
motivos os mais torpes.
O noticiário confirma o que Bezerra de Menezes
alertou. As comportas das trevas haviam sido abertas.
O Mestre Jesus autorizará o reencarne de espíritos,
os quais, estavam há muito sem reencarnar.
Para grande parte era a última possibilidade de
reencarne na terra caso não demonstrassem sinais de melhora.
A nossa sociedade está doente, em crise de moral e
ética. Sempre que se menciona espíritos trevosos, logo imaginamos espíritos
extremamente maldosos, criminosos personificando o mito de satanás. Mas muitos são também deveras inteligentes e dissimulados.
Passam por pessoas tidas como normais dentro da sociedade, mas uma análise mais
detida logo denunciará a conduta desumana, indiferente para com o próximo.
Praticantes de atos obscuros de vilania a devastar o equilíbrio da sociedade.
A guisa de demostrar o exposto, enorme número de
enfermos padecem sem o devido atendimento médico por conta de desvio de valores
que deveriam ser aplicados em saúde. O delito do enriquecimento ilícito
compromete a vida de milhões. Qual a diferença do desencarne desencadeado por
arma de fogo ou pela ausência de medicina? Quais desses registra maior número?
O Mestre Jesus foi muito claro quando ensinou que
vinha para os doentes e não para os sãos. Aos olhos dos espíritos evoluídos,
espíritos maus são doentes. Doentes que precisam do Divino Médico.
Se nós espíritas somos os detentores do Evangelho
Redivivo, isso nos faz os apóstolos de Jesus.
No entanto, hoje, o Mestre não recruta pescadores
despreparados para transmitir suas lições. Mesmo porque, tão logo desencarnou
na cruz, Ele convocou o Apostolo dos Gentios. Sábio e destemido, Paulo de Tarso
foi a Pedro a fim de corrigir lhe a conduta por desviar-se da linha determinada
por Jesus.
Ressoa sobre nós espíritas o alerta de Paulo. Não
podemos sair da linha determinada pelos Mestres Jesus Cristo, Espírito da
Verdade e Allan Kardec.
A sociedade clama pela Luz da Nova Era a qual o
Paráclito Consolador enviado pelo Mestre Jesus deverá espalhar a todos os
recantos do planeta.
Somos nós os mensageiros do Mestre Jesus, os
herdeiros de Kardec. Se quisermos fazermo-nos dignos de carregar a insígnia da
Doutrina dos Espíritos devemos conhecer-lhes as lições e sermos destemidos
diante do campo de batalha, bradando a espada da eterna chama sagrada.
Do deserto vem a vós do Batista a ensinar-nos: “Eu vos batizo com água, mas Jesus vos batizará com o
Espírito Santo, o “paráclito” e vos
libertará dos pecados”.
Não podemos ficar indiferentes diante do trabalho
hercúleo de tantos Espíritos Luminares. Não temos o direito de sentar à mesa
mediúnica sem o devido preparo estipulado e ensinado por Allan Kardec. Não
temos o direito de oferecer o vaso sagrado, o qual nos foi empenhado por nosso
Pai, para que espíritos laboriosos utilize-o a fim de transmitir energias
salutares na sagrada câmara de passe se nosso coração verte fel. Não temos o
direito de assumirmos posição nas fileiras da Seara bendita do Mestre e
zombamos dos trabalhadores espirituais nos fazendo ausentes por motivos
menores.
Eu vos farei pescadores de homens, propôs o Mestre
Jesus. O rio caudaloso do tempo corre diante de nós demandando mentes
preparadas para apanhar almas claudicantes na rede de conhecimento e amor.
O bom semeador é aquele que semeia e não olha para
traz. Ensinou o Mestre Jesus.
Podemos então, facilmente concluir: O Mestre Jesus
conclama seus apóstolos a pescarem homens que nadam a esmo em busca apenas da sobrevivência
e semeiem a boa nova nos corações férteis.
Como podemos realizar a contento a missão a nos
confiada, se não nos dedicarmos com afinco ao estudo, se não mantivermos os
trabalhos mediúnicos dentro do que determinou Kardec, se não nos conservarmos
assíduos, oferecendo as condições necessárias de afinidade, a ser conquistada
no decorrer de anos, com os irmãos trabalhadores do plano espiritual?
Ao nos acharmos devidamente preparados apenas por
termos frequência de anos ao trabalho, na verdade, nos fazemos incautos. A
Doutrina Espírita é imensa. Devemos aprender e nos reciclarmos constantemente,
nem que para isso tenhamos que nos fazermos ausentes para o devido
aperfeiçoamento. Jamais podemos nos considerarmos insubstituíveis. André Luiz
mostra em suas obras que espíritos evoluídos ausentam-se para realizarem cursos
para se aprimorarem. Não devemos nunca esquecer que o universitário graduado
deveria sempre buscar a condição de pós graduado, pois situações mais complexas
demandam mãos e mentes mais preparadas e dispostas.
Sejamos a força que impulsiona a Doutrina Espirita
e não a pedra no caminho a ser transposta pela corrente da evolução, pois como
um dia foi ensinado, a Doutrina Espírita caminhará com o homem, apesar do homem
e sem o homem.