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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

QUEREMOS SER ESPÍRITAS?

“Gerações e gerações de espíritas passaram pela Terra, de Kardec até hoje sem terem obtido sequer um laivo de educação espírita, de formação doutrinária sistemática. Aprenderam apenas alguns hábitos espíritas, ouviram aulas inócuas de catecismo...”
Da obra Cursos dinâmico de Espiritismo – O grande desconhecido de Jose Herculano Pires.

Diariamente acompanhamos crimes bárbaros por motivos os mais torpes.
O noticiário confirma o que Bezerra de Menezes alertou. As comportas das trevas haviam sido abertas.
O Mestre Jesus autorizará o reencarne de espíritos, os quais, estavam há muito sem reencarnar.
Para grande parte era a última possibilidade de reencarne na terra caso não demonstrassem sinais de melhora.
A nossa sociedade está doente, em crise de moral e ética. Sempre que se menciona espíritos trevosos, logo imaginamos espíritos extremamente maldosos, criminosos personificando o mito de satanás. Mas muitos são também deveras inteligentes e dissimulados. Passam por pessoas tidas como normais dentro da sociedade, mas uma análise mais detida logo denunciará a conduta desumana, indiferente para com o próximo. Praticantes de atos obscuros de vilania a devastar o equilíbrio da sociedade.
A guisa de demostrar o exposto, enorme número de enfermos padecem sem o devido atendimento médico por conta de desvio de valores que deveriam ser aplicados em saúde. O delito do enriquecimento ilícito compromete a vida de milhões. Qual a diferença do desencarne desencadeado por arma de fogo ou pela ausência de medicina? Quais desses registra maior número?
O Mestre Jesus foi muito claro quando ensinou que vinha para os doentes e não para os sãos. Aos olhos dos espíritos evoluídos, espíritos maus são doentes. Doentes que precisam do Divino Médico.
Se nós espíritas somos os detentores do Evangelho Redivivo, isso nos faz os apóstolos de Jesus.
No entanto, hoje, o Mestre não recruta pescadores despreparados para transmitir suas lições. Mesmo porque, tão logo desencarnou na cruz, Ele convocou o Apostolo dos Gentios. Sábio e destemido, Paulo de Tarso foi a Pedro a fim de corrigir lhe a conduta por desviar-se da linha determinada por Jesus.
Ressoa sobre nós espíritas o alerta de Paulo. Não podemos sair da linha determinada pelos Mestres Jesus Cristo, Espírito da Verdade e Allan Kardec.
A sociedade clama pela Luz da Nova Era a qual o Paráclito Consolador enviado pelo Mestre Jesus deverá espalhar a todos os recantos do planeta.
Somos nós os mensageiros do Mestre Jesus, os herdeiros de Kardec. Se quisermos fazermo-nos dignos de carregar a insígnia da Doutrina dos Espíritos devemos conhecer-lhes as lições e sermos destemidos diante do campo de batalha, bradando a espada da eterna chama sagrada.
Do deserto vem a vós do Batista a ensinar-nos: “Eu vos batizo com água, mas Jesus vos batizará com o Espírito Santo, o “paráclito” e vos libertará dos pecados”.
Não podemos ficar indiferentes diante do trabalho hercúleo de tantos Espíritos Luminares. Não temos o direito de sentar à mesa mediúnica sem o devido preparo estipulado e ensinado por Allan Kardec. Não temos o direito de oferecer o vaso sagrado, o qual nos foi empenhado por nosso Pai, para que espíritos laboriosos utilize-o a fim de transmitir energias salutares na sagrada câmara de passe se nosso coração verte fel. Não temos o direito de assumirmos posição nas fileiras da Seara bendita do Mestre e zombamos dos trabalhadores espirituais nos fazendo ausentes por motivos menores.


Eu vos farei pescadores de homens, propôs o Mestre Jesus. O rio caudaloso do tempo corre diante de nós demandando mentes preparadas para apanhar almas claudicantes na rede de conhecimento e amor.
O bom semeador é aquele que semeia e não olha para traz. Ensinou o Mestre Jesus.
Podemos então, facilmente concluir: O Mestre Jesus conclama seus apóstolos a pescarem homens que nadam a esmo em busca apenas da sobrevivência e semeiem a boa nova nos corações férteis. 
Como podemos realizar a contento a missão a nos confiada, se não nos dedicarmos com afinco ao estudo, se não mantivermos os trabalhos mediúnicos dentro do que determinou Kardec, se não nos conservarmos assíduos, oferecendo as condições necessárias de afinidade, a ser conquistada no decorrer de anos, com os irmãos trabalhadores do plano espiritual?
Ao nos acharmos devidamente preparados apenas por termos frequência de anos ao trabalho, na verdade, nos fazemos incautos. A Doutrina Espírita é imensa. Devemos aprender e nos reciclarmos constantemente, nem que para isso tenhamos que nos fazermos ausentes para o devido aperfeiçoamento. Jamais podemos nos considerarmos insubstituíveis. André Luiz mostra em suas obras que espíritos evoluídos ausentam-se para realizarem cursos para se aprimorarem. Não devemos nunca esquecer que o universitário graduado deveria sempre buscar a condição de pós graduado, pois situações mais complexas demandam mãos e mentes mais preparadas e dispostas.
Sejamos a força que impulsiona a Doutrina Espirita e não a pedra no caminho a ser transposta pela corrente da evolução, pois como um dia foi ensinado, a Doutrina Espírita caminhará com o homem, apesar do homem e sem o homem.

 Luis Fernando F. Canhero