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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

E SE EU VER UM ESPÍRITO?


Os espíritas são conhecidos como os que falam com os mortos.

Os espíritas se comunicam com espíritos.

Isso não é bem verdade se considerarmos que muitos acham que os espíritas falam todo o tempo com quem já faleceu. No entanto, é verdade que espíritas se comunicam com espíritos. Uns mais outros menos. Alguns com certa facilidade e outros apenas em condições especiais.

Se partimos desse pressuposto, naturalmente que os espíritas não têm medo de espíritos. No entanto isso também não é verdade. Arrisco dizer que no universo total dos que se dizem espíritas, a grande maioria tem medo de espíritos. Esse medo naturalmente advém do medo milenar que as pessoas sempre tiveram dos mortos, muitas vezes tidos como fantasmas. Esse medo foi fortemente reforçado pelas crenças regionais dos povos e pelas religiões que sempre procuraram censurar a comunicação com os espíritos.

Como diz um velho ditado espanhol: “Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay”.  Em tradução livre “Eu não acredito em bruxas mas que elas existem, elas existem.

Muitos dizem não acreditar em vida depois da morte, outros não acreditam em reencarnação, outros ainda não acreditam na possibilidade de comunicação com os espíritos, mas na hora de se ver exposto a alguma situação tida como sobrenatural, não há um que não tenha medo.

Mas afinal, se vermos um espírito que devemos fazer?

Kardec em O Livro dos Espíritos ensina que devemos perguntar quem ele é e o que deseja.

Teoricamente é muito simples, mas como um dia uma pessoa me disse: “Mas Kardec não disse que eu preciso ficar esperando a resposta, não é?” Poucos teriam coragem de interrogar o espírito.

O primeiro ponto a ser analisado é que não é necessário ver espíritos para que eles estejam presentes, muito ao contrário, convivemos com espíritos o tempo todo, apenas não os vemos. Espíritos não são entidades sobrenaturais, fantasmas, alma penada entre tantas outras crenças. Eles são apenas pessoas sem o corpo material.

O segundo ponto que se deve entender é que são raras as pessoas que vêem espíritos a todo e qualquer momento. Mesmo médiuns muito ativos em trabalhos mediúnicos, durante a maior parte do dia não os veem. E isso se deve a um simples fato; a pessoa está encarnada, no plano material. Ela não está desencarnada no plano espiritual. Ela deve viver a maior parte do tempo no que tange ao plano material e não ao plano espiritual.

O que um espírito pode fazer comigo se eu o ver?

De pronto, nada. O espírito não pode abduzi-lo, levando-o para uma outra dimensão.

O espírito não pode agredi-lo. O que o cinema mostra é fantasia.

O espírito só pode atirar objetos em condições especiais e isso quer dizer que raramente ocorre e quando ocorre é porque espíritos superiores o permitiram. O mesmo no tocante a pôr fogo em objetos, emitir gritos, gemidos etc.

Na verdade, se o espírito deseja algum mal a pessoa, a última coisa que ele irá fazer é se deixar ver, porque dessa forma a pessoa não podendo identificá-lo ficará mais fácil para fazer mal a ela.

O mal que um espírito pode fazer a uma pessoa se dá de forma vibratória. Ele pode vibrar de forma ruim fixamente por muito tempo influenciando a pessoa com o decorrer do tempo. O que no espiritismo se chama obsessão.

Até então, pressupomos que o espírito seja mau. E se o espírito for bom?

Espíritos elevados são muito ocupados. Quando se fazem ver para alguma pessoa sempre é com um intuito elevado e de forma alguma há o que temer.

Caso o caro leitor ainda tenha medo de ver espírito, tranquilize-se. Essa possibilidade é remota a menos que seja um espírito bom. Não raro espíritos bons podem se fazer ver sem que a pessoa se aperceba de que se trata de um espírito, ou seja, a pessoa julga estar falando com uma pessoa encarnada. Isso é mais comum do que muitos podem imaginar.

Se uma pessoa começar a ver espíritos frequentemente, principalmente espíritos com má aparência, a solução é procurar uma Casa Espírita séria, que siga a Doutrina Espírita, ou seja, que se dedique ao estudo da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec com muita seriedade.

Ver espíritos com frequência, a qualquer hora do dia é um desequilíbrio mediúnico, independente da pessoa ser médium ostensivo ou não.

 

Infelizmente a ciência ainda não admite a existência de espíritos e portanto ao procurar ajuda médica a pessoa pode ser diagnosticada como esquizofrênico.

A prece deve sempre ser utilizada, mas nunca vista como remédio. Uma prece feita de coração pode até afastar por algum tempo o espírito, mas se houver uma ligação espiritual, preces jamais quebrarão essa ligação. Apenas o diálogo e a compreensão da situação por ambas as partes e o perdão mutuo fará com que cesse essa ligação.

Para maiores informações vide as obras de Allan Kardec, em especial O Livro dos Médiuns e as obras de André Luiz psicografadas por Chico Xavier.

 

Luis Fernando F. Canhero